29 de julho de 2010

SUBSÍDIO DA 5ª LIÇÃO - A AUTENTICIDADE DA PROFECIA

A Autenticidade da Profecia



TEXTO ÁUREO:

"E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre milhares de Judá, de ti me sairá o que será Senhor em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade"

(Mq 5.2).


VERDADE PRÁTICA
A autenticidade da profecia bíblica pode ser averiguada através de sua precisão e cumprimento fiel e insofismável.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Isaías 53.2-9

OBJETIVOS:

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

Identificar a autenticidade da profecia bíblica na história

Explicar as lições doutrinárias do sacrifício de Cristo.



Reconhecer que Deus é o Senhor da história humana.





Querido irmão em Cristo, a 5ª lição desse trimestre abordará Autenticidade da Profecia, ou seja, a ligitimidade e genuinidade das profecias bíblicas. Como crentes em Cristo nós precisamos crer e proclamar que toda Profecia é e sempre será de toda aceitação pois tem sua origem em Deus e Ele é a fonte de toda verdade e sabedoria.

Para exemplificar e realzar afirmação do tema proposto, estudaremos duas passagens bíblicas que mostrarão os cumprimentos daquilo que Deus anunciara pela boca dos seus profetas.

Em primeiro lugar: A estatua que Nabucodonossor sonhou e a revelação de Deus dada a Daniel. E para incrementar mais informações na sua aula a respeito desse assunto, abaixo está um auxílio teológico retirado do livro - O novo comentário da Bíblia - F. Davidson.

E em segundo lugar: Com mais ênfase estudaremos a profecia de Isaías sobre o Servo Sofredor – Origen, ministerio e morte. E também logo abaixo há um subsídio tológico para auxílio durante a aula, retirado também do mesmo livro.


Oração de Daniel (Dn 2.17-23)


A interpretação é chamada de segredo (18), visto que se trata daquilo que não pode ser obtido pela razão humana isolada. Em resposta à revelação, Daniel bendisse a Deus em oração. A Deus pertence a sabedoria-Ele é onisciente e todo-sábio-e a força -pois governa tudo (20). O curso da história está nas mãos de Deus, que altera os tempos e as estações, e o destino dos governantes também está sob Seu controle. Quando a verdadeira sabedoria é encontrada entre os homens, essa é um dom de Deus, e o verdadeiro entendimento também vem da parte dEle (21). Ele revela o profundo e o escondido (22), a saber, as maravilhosas obras de Deus visando a salvação dos homens. Foi a esse Deus soberano que Daniel expressou seus agradecimentos.


A interpretação do sonho (Dn 2.24-49)



Quando Daniel reapareceu perante o rei procurou deixar claro que não viera dar a interpretação do sonho mediante seu próprio poder, mas deu a glória a Deus (28). O sonho foi de natureza escatológica, isto é, tinha a ver com o fim dos dias ou, em outras palavras, com a era messiânica (cfr. #At 2.16-17; #1Tm 4.1; #Hb 1.1). Daniel relata o conteúdo do sonho descrevendo o colosso que o rei tinha visto, cujas diversas porções eram feitas de diferentes metais. A cabeça de ouro foi identificada como o próprio Nabucodonosor, e isso provavelmente significa que devemos compreender o império babilônico representado por seu grande rei. Outras partes da imagem, segundo Daniel, representam outros reinos.



Diferentes interpretações a respeito dessa simbologia têm sido aventadas. A maioria dos eruditos críticos que negam a autenticidade de Daniel acreditam que os quatro impérios representados pelo colosso são: Babilônia, Média, Pérsia e Grécia. Tem sido sustentado por alguns dos advogados dessa posição que, visto que a Média não existia como império separado após a queda da Babilônia, que o livro de Daniel está, portanto, laborando em erro. Há, entretanto, fortes razões para que essa identificação seja rejeitada (ver The Prophecy of Daniel, págs. 275-294). Objeções a esse ponto de vista serão destacadas conforme for prosseguindo a exposição. De tempos em tempos os eruditos conservadores têm identificado os reinos como Babilônia, Medo-Pérsia, o Império de Alexandre, e os sucessores de Alexandre. Mas, em sua maioria, a posição conservadora tradicional tem sido a identificação desses reinos como Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia e Roma. Essa é a única posição que pode interpretar corretamente o versículo 44, um versículo que declara distintamente que o reino messiânico seria erigido nos dias dos reinos já mencionados. Os dois primeiros pontos de vista assumem que o reino messiânico será erigido após os quatro impérios humanos, e isso está definidamente contra o ensino do versículo 44.



O ensino dispensacionalista interpreta os dez dedos da imagem como a representar um tempo que o Império Romano será revivificado e dividido em dez reinos. Deve-se notar, entretanto, que menção nenhuma é feita quanto ao número dos artelhos.



A pedra cortada, sem mão (34) representa o Messias e o crescimento do reino messiânico, reino esse que é descrito como de duração eterna e de origem divina (44), assim ficando contrastado com os impérios humanos e temporais do colosso.



Deus é Deus dos deuses... (47). A confissão do Nabucodonosor em realidade não se eleva acima do nível do politeísmo. Ele reconhece a superioridade do Deus de Daniel; contudo, não O adora como o único verdadeiro Deus.



Não é necessário imaginar que o engrandecimento de Daniel (48) tenha envolvido necessariamente o profeta nas superstições de Babilônia. Podemos estar certos que um homem de devoção total a Deus, tal como ele foi, o conservaria livre de tal conspiração.



Servo: Sua vida e sofrimento (Is 52.13-53.12)



Vejam-se os comentários gerais de introdução às passagens referentes ao Servo. Este glorioso trecho constitui o quarto e último cântico respeitante ao Servo. Nele se resumem todas as idéias mestras dos outros, sendo apresentadas num quadro completo, coerente, da vida, missão, sofrimento e triunfo do Servo de Jeová. Estudem-se as muitas referências contidas no Novo Testamento acerca desta passagem.



(#Is 52.13-15). Estes versículos constituem uma introdução do "andamento" principal na apresentação do Servo, resumindo de forma cristalina todo o capítulo 53. Transita-se do triunfo (13) através do sofrimento (14) para a vitória e exaltação (15). Nota-se que isto constitui um sumário do ponto de vista divino do que, no capítulo 53, nos é apresentado através da observação humana. Vemos aqui sofrimento incomparável e triunfo gloriosíssimo. O caminho para o trono é de dor que pasmou a muitos (14). O espetáculo espantoso do Servo na Sua dor e sofrimento vem vívidamente descrito, sendo acentuado pelas palavras que ocorrem parenteticamente: "o Seu parecer estava tão desfigurado, mais do que o de outro qualquer, e a Sua figura mais do que as dos outros filhos dos homens" (14). Através de tudo isto, porém, Ele caminha para a consumação do propósito de Deus e para o triunfo que Lhe havia sido preparado desde a eternidade.



Engrandecido e elevado (13). Compare-se com a terceira passagem referente ao Servo (#Is 50.4-9), onde a ênfase recaía sobre o Seu sofrimento. Começamos aqui com a Sua vitória e exaltação. Como pasmavam muitos à vista dEle (14). Significa isto que, assim como os homens se sentiam comovidos perante o espetáculo dos Seus sofrimentos, assim também ficarão emocionados e galvanizados ao verem a Sua glória. O Seu parecer (14). Trata-se de uma breve frase parentética que explica a razão do espanto que se lê no rosto dos que O contemplam. A tradução literal é, até, horrível: "O Seu aspecto afastava-se tanto do humano que não parecia filho do homem". É com estas palavras que fica registrado o efeito da agonia de sofrimento e opróbrio que Lhe foi imposta. Borrifará (15), palavra que alguns tradutores dizem corresponder a "surpreenderá". Aquele que uma vez surpreendeu toda a gente pelo Seu sofrimento tornará a assombrá-la com o Seu triunfo e exaltação. O verbo "borrifar" assim empregado sugere antecipação profética da obra do Servo como purificador expiatório. Os reis fecharão as suas bocas (15), isto é, de pasmo, sentindo-se incapazes de dizer palavra ao contemplarem este espetáculo de triunfo que brota do sofrimento.



A SUA VIDA E SOFRIMENTO DE MORTE (#Is 53.1-9). Depois da introdução precedente, o profeta passa a ampliar a sua visão do plano divino de redenção do mundo. Esse mundo a ser remido é surpreendido e assombrado ao ver sofrimento tão estranho, e imagina, de princípio, que ele deve provir da mão do Deus. Observada, porém, a vida impecável do Servo, torna-se evidente que em padecimentos tão grandes Ele está, na realidade, sofrendo por causa de outros. No reconhecimento deste fato, desponta também a consciência de que os espectadores estão implicados; vêem que Ele tem sofrido injustamente e que esse sofrimento deveria ter recaído sobre eles. Quando esse sofrimento culmina na morte, porém, compreendem que esta fazia parte da vontade de Deus, parte do estranho plano de destruição do mal e de implantação da perfeita justiça. E assim que Ele ganha o galardão do Vencedor. Só assim muitos serão desviados das suas veredas de injustiça para as sendas da paz e da vida.



Todo o capítulo está impregnado de mistério. Somos nele apresentados ao Servo sofredor de Jeová duma forma que "emudece os lábios e força a alma a curvar-se completamente prostrada pelo espanto e assombro". Tão grande é esta revelação que "a piedade está deslocada e a simpatia é irreverente". É impossível não sentir que está patente aqui a grandeza do mistério do poderoso ato de Deus no tempo como na eternidade. Perante esta visão do Salvador padecente, só podemos olhar, admirar e adorar.



Para fins de estudo, estes nove versículos podem ser divididos em três breves seções. É-nos apresentada primeiro a Pessoa rejeitada (1-3), depois o Sofredor substituto (4-6), e, finalmente, o Cordeiro expiatório (7-9).



Ao apresentar a Pessoa rejeitada, o profeta mostra-A claramente primeiro conforme vista por Deus e depois conforme vista pelos homens. "Foi subindo como Renovo perante Ele" (2). Assim se descreve mediante uma bela comparação tudo aquilo que sugere a juventude eterna. Todavia, não era assim que os homens O viam. Em contraste imediato e notável, seguem-se as palavras: "E como raiz duma terra seca". Nada indica aqui que o Servo fosse deformado ou antipático, ou feio. O que se diz, sim, e duma maneira incisiva, é que os homens eram cegos para a Sua beleza. As seguintes palavras resumem tudo o que se diz acerca da Sua pessoa: "Era desprezado e o mais indigno entre os homens, homem de dores e experimentado nos trabalhos" (3).



Apresentado o Servo assim pessoalmente rejeitado, o profeta mostra que os Seus sofrimentos tinham um poder substitutivo (4-6). Olhando para Ele, os homens tinham pensado que todo aquele padecimento era uma visitação de Deus: Aflito, ferido de Deus (4). A mesma filosofia tinha dominado o pensamento dos amigos de Jó, que o julgavam afligido por Deus em conseqüência de qualquer pecado e que, afinal, não tinham razão. Foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades (5). Os homens não tinham visto nEle qualquer beleza por serem cegos, e também aqui não vêm qualquer missão nesta dor, porque o seu espírito não estava iluminado pela luz que vem do alto. O profeta proclama aqui a grande verdade que o sofrimento é substitutivo e que aquela agonia era preciosa.



Os três versículos seguintes (7-9) conduzem-nos ao santo lugar do sacrifício, onde o Cordeiro efetua a expiação: silencioso no meio das injustiças que Lhe são feitas; conduzido para ser cortado da terra dos viventes (8); agente da expiação das transgressões do povo. É este o ponto culminante da apresentação do sofredor pessoal e do sofredor vicarial, o Cordeiro expiatório quebrantado pela transgressão do Meu povo (8).



Quem deu crédito à nossa pregação? (1), ou melhor, "àquilo que ouvimos?" O profeta refere-se às passagens anteriores respeitantes ao Servo, com as suas incríveis mensagens, de sofrimento e censura. Esta queixa é uma confissão de penitência. A voz é a do profeta falando em nome do povo. Ao mesmo tempo, há uma forte sugestão de incredulidade: "Quem poderia acreditar em tal coisa?" Como raiz duma terra seca (2). No passado da nação nada poderia dar esperanças de grandeza assim, nem havia fosse o que fosse no tempo ou no ambiente que cercou o nascimento do Salvador para explicar a Sua presença. Experimentado nos trabalhos (3); C. R. North traduz: "familiarizado com a doença", isto é, a lepra; deste modo esta frase constituiria um quadro do contato do salvador com o pecado. Compare-se com #2Co 5.21. Nós O reputamos (4). O Servo levava sobre Si os pecados dos que O contemplavam e que imaginavam que Ele sofria um castigo enviado por Deus por causa do Seu próprio pecado (compare-se com #Mt 8.17). O castigo que nos traz a paz (5), isto é, o castigo graças ao qual obtivemos a nossa paz com Deus. Quem contará o tempo da Sua vida? (8): "e, quanto à Sua geração, quem dentro dela considerou que Ele tivesse sido cortado da terra dos vivos?" ou, segundo C. R. North, "e quem refletiu sobre o Seu destino?" Com o rico na Sua morte (9). Os dirigentes do Povo tinham pensado que o Servo deveria ser enterrado vergonhosamente, como um criminoso, mas a maravilhosa providência do Seu Deus foi mais forte e Jesus foi sepultado com os ricos na Sua morte (ver #Mt 27.57-60).



O RESULTADO GLORIOSO DOS SEUS SOFRIMENTOS (#Is 53.10-12). No versículo 10 a nota é já diferente, e chegamos à proclamação do triunfo do Senhor. Começa ele com as palavras: "Todavia, ao Senhor agradou moê-lO", e desta forma a nossa contemplação ergue-se até ao nível da divina vontade. O Servo sofre assim porque Deus quis que desta forma muitos fossem trazidos à justiça pela Sua obediência. Para além das trevas da dor e da sombra da morte, descortina-se a alvorada radiosa da ressurreição. Ele viverá para ver uma descendência espiritual e subir ao trono como Vencedor incomparável.



Ao Senhor agradou (10), isto é, o eterno propósito de Deus. Quando a Sua alma se puser por expiação do pecado (10). Este versículo tem sido traduzido de variadíssimas maneiras, mas o sentido geral é bem claro. Da morte e sacrifício surgirão a novidade da vida ressurreta e a semente santa da Igreja remida de Deus. Bom prazer do Senhor (10), isto é, o propósito de Deus, que é a salvação do homem. O trabalho da Sua alma Ele verá e ficará satisfeito (11), frase esta que em grande parte constitui um prolongamento dos pensamentos do versículo 10. É impossível a alma dos remidos maravilhar-se mais do que durante a leitura deste versículo. O manuscrito do Mar Morto apóia a versão da Septuaginta: No meio do Seu trabalho, Ele verá a luz (ver #Hb 12.2). Com o Seu conhecimento (11): "pelo conhecimento que, como Salvador e Servo, Ele tem da vontade de Deus, da Sua justiça e do caminho da salvação e que, transmitido aos homens, lhes dá uma compreensão semelhante do caminho divino", ou então: "pelo conhecimento dEle, conhecimento esse que produzirá a fé e salvará assim a vida". A parte de muitos (12), os frutos da vitória dados ao Servo.



Que Deus abençoe a aula e até a próxima, se Deus quiser!



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