8 de setembro de 2011

A INFLUÊNCIA CULTURAL DA IGREJA

Subsídio













I   -  Texto Áureo (Gn 1.28)
II  - Auxílio Bibliográfico e Teológico
III – Dinâmica (FAZENDO A DIFERENÇA)*

I – Texto Áureo

“E Deus os abençoou e Deus lhes disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar, e sobre a aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra” (Gn 1.28)

Como estamos tratando nesse trimestre da Missão Integral da Igreja, encontramos aqui neste versículo o estabelecimento da Comissão Cultural que Deus deixara ao homem. Este, por sua vez, sendo o ápice da atividade criadora de Deus recebe, devido a isso, uma responsabilidade a sua altura: Cuidar de todas as outras coisas que o Grande Arquiteto criara. Gerar filhos, explorar de forma sustentável as riquezas da flora e da fauna, constituir uma sociedade que venha refletir, assim como um espelho, as características dAqueles que o fez a sua “imagem [...] semelhança”. Fazendo assim, o homem estaria criando e repassando a seus descendentes:  valores, idéias, conhecimentos, padrões de comportamentos e atitudes, e a esse conjunto chamamos de cultura.

“Deus os abençoou [...] Encham [...] subjuguem [...] Dominem. O homem começa sua jornada com essa bênção divina­ – viceja, enche a terra com seus semelhantes e exerce domínio sobre as demais criaturas terrestres (cf.m.26; 2.15; Sl 8.6-8). A cultura humana, portanto, não é contrária a Deus (embora o homem caído tenha muitas vezes transformado seus esforços em rebelião orgulhosa contra Deus). Pelo contrário, é a manifestação de um homem que tem a imagem do seu Criador e compartilha, como servo de Deus, do governo soberano deste. Como representante de Deus no âmbito da criação, é mordomo das criaturas de Deus. Não deve explorá-las, destruí-las nem despojá-las, mas cuidar delas e usá-las a serviço de Deus e do homem” [1]

“ Fazes com que ele tenha domínio sobre as obras das tuas mãos; tudo puseste debaixo de seus pés” (Sl 6.8)

Apesar da Queda, a responsabilidade outorgada ao homem ainda é requerida e o Senhor agora espera de sua Igreja, representante de seu Reino, que exerça essa influência cultural, demonstrando por meio de ações coerentes com sua Palavra que o Reino de Deus não aceita uma cultura diferente dos padrões divinos, uma vez já revelados.

II – Auxílio Teológico

            Encontramos na lição 4 desse trimestre tópicos que comentam sobre a Comissão Cultural da Igreja e estaremos aproveitando os mesmos para complementar essa lição que trata sobre a questão da influência cultural que a Igreja deve exercer.

“’Um chamado à responsabilidade

            Deus ordenou a Adão e Eva que administrassem a terra, tornando-a produtiva e habitávl (Gn 1.26). Desde então, cada homem faz-se responsável pela criação diante do Criador. Por isto, convida-nos Ele a refletir a respeito dos princípios e valores, que se encontram em sua Pàlavra, em todos os níveis de nossas relações: na família, na igreja, na escola, na empresa e nas amizades.

            Isso equivale dizer que o Evangelho de Cristo não visa apenas salvar o homem do pecado e do inferno, mas também levá-lo a agir como instrumento tranformador da sociedade na qual acha-se inserido. Pois, Deus nos criou como seres sociais para que cuidemos de nós e da terra que Ele nos entregou (Gn 1.28-30) cf. Ef.6.1-9). Esta é a ordenança cultural que nos confiou o Senhor.

Restaurando a dignidade humana

            Embora a Queda trenha introduzido o pecado na história humana, a Comissão Cultural não foi anulada. Continuamos responsáveis pela administração da terra que nos destinou o Senhor (Gn 3.23). Conforme afirma Nacy Pearcey, Jesus veio restaurar no homem, sem Deus, “a dignidade originalmente concedida na criação, recuperando nossa verdadeira identidade e renovando a Sua imagem em nós”’. [2]

Sobre o debate entre cultura e Palavra de Deus, encontramos uma explanação de John Sttot, que nos ajuda a tratar com equilíbrio o referido tema, segue abaixo.

“ [...] Jesus foi uma combinação única do conservador e do radical:  cons ervador em relação às Escrituras, e radical no eu escrutínio (seu  escrutínio bíblico) de todas as outras coisas[...]Mais particularmente, todos nós necessitamos discernir com clareza  entre Escrituras e cultura. As Escrituras são a Palavra de Deus eterna e  imutável, mas cultura é uma mistura de tradição eclesiástica, convenção social  e criatividade artística. Seja qual for a “autoridade” que a cultura possa ter, ela  é derivada da Igreja e da comunidade, não podendo exigir uma imunidade ao  cristianismo ou reforma. Pelo contrário, cultura muda de época para época e  de lugar para lugar. Além do mais, nós crentes, que dizemos desejar viver sob  a autoridade da Palavra de Deus, deveríamos submeter nossa cultura  contemporânea a um contínuo escrutínio bíblico. Longe de ressentirmo-nos  com a mudança cultural ou de resistirmos a ela, deveríamos estar na linha de  frente, junto aqueles que trabalham por uma modificação progressiva, para  fazer com que a mudança realmente expresse, cada vez mais, a dignidade do homem e seja mais agradável ao Deus que os criou...Portanto, quando resistimos a mudanças - sejam elas na igreja ou na  sociedade devemos perguntar-nos se são, na realidade, as Escrituras que estamos defendendo (como é nosso costume insistir ardorosamente) ou, se ao  contrário, é alguma tradição apreciada pelos anciãos eclesiásticos ou de nossa  herança cultural. Isto não quer dizer que todas as tradições, simplesmente por  serem tradicionais, devam a qualquer custo ser lançadas fora. Iconoclasmo  sem crítica é tão estúpido quanto conservantismo em crítica, e é algumas  vezes mais perigoso. O que eu estou enfatizando é que nenhuma tradição  pode ser investida com uma espécie de imunidade diplomática à examinação.  Nenhum privilégio especial pode ser-lhe reivindicado.

Quando, por outro lado, clamamos por mudanças, devemos estar certos  de que não é contra as Escrituras que estamos nos rebelando, mas contra  alguma tradição não-bíblica, que é portanto, aberta à reforma.

Se é “não-bíblica” no sentido de ser claramente contrária às Escrituras, então devemos  atacar o assunto corajosamente e trabalhar muito para sua abolição. Se é “não- bíblica” no sentido de não ser requerida pelas Escrituras, então devemos  mantê-la sob revisão crítica”.[3]

III – Dinâmica (Fazendo a Diferença*)

            Caso queira receber o tutorial da dinâmica para aplicá-la em sua sala de aula, envie um e-mail para: FILHOCON@YAHOO.COM.BR

            Uma ótima aula!

Bibliografia:

[1] – Bíblia de Estudo NVI – Comentário de Gn 1.28 – p.8

[2] – Comissão Cultural – Uma convocação à Igreja - Lições Bíblicas – 3° Trimestre 2011, CPAD, 2011, pp. 29-30

[3] - STTOT, John – Cristianismo Equilibrado – Editora CPAD, pp 15-21


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