Vale-tudo infantil inglês será investigado pelas razões erradas
A polícia de Lancashire anunciou hoje que vai investigar a promoção de lutas de vale-tudo infantis num clube de Preston, cidade do norte da Inglaterra, depois de imagens de um combate entre dois meninos de oito anos terem chocado o mundo. No entanto, o alvo da investigação não será o fato de o Greenlands Labour Club realizar as lutas diante da platéias de 450 adultos, cobrando cerca de US$ 40 dos interessados: as autoridades têm jurisdição apenas para questionar a falta de equipamentos de proteção nos lutadores-mirins.
Isso porque o Greenlands não está violando leis ao promover os combates. O clube tem licença para a realização dos eventos e a polícia parece estar reagindo apenas depois da revolta causada pela divulgação das imagens da luta. Ainda que a dona do estabelecimento, Michelle Anderson, tenha vindo a público dizer que há regras explícitas de proteção, como a proibição de socos ou pontapés, ONGs de proteção da criança e do adolescente classificaram as lutas como barbárie.
''É extremamente chocante ver crianças envolvidas nas lutas, especialmente as que estão numa fase crucial de desenvolvimento físico e mental. Gostaríamos que os pais não permitissem que seus filhos participassem desse tipo de atividade'', afirma Chris Cloke, um dos diretores da Sociedade Nacional de Proteção das Crianças (NSPCC).
Um conselho que não está sendo seguido por Nick Hartley, cujo filho, Lucas, participou da luta divulgada ao redor do mundo. Em entrevista à BBC, ele garantiu não estar preocupado com a crianca. ''Ele adora o esporte. Não é perigoso, pois as regras controlam a violência. Nunca o forçaria a participar'', disse Hartley.
Há ainda a questão de que os combates podem ser considerados uma forma de trabalho infantil, algo que a população de Preston e adjacências pensavam ter virado história - no aurge da Revolução Industrial, no século 19, a cidade era uma das localidades de Lancashire que tinha crianças formando um terço da força de trabalho na produção têxtil, em condições não raramente atrozes.
P.s =>> Quanta falta de temor a Deus! Deviam era acabar com essa abominação.
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