ATENÇÃO!: Logo abaixo da postagem há o link com download para o questionário da lição, para quem está fazendo a maratona bíblica da EBD em sua sala de aula.
Subsídio preparado pela equipe de educação da CPAD.
TEXTO ÁUREO
“Porque vos digo
que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum
entrareis no Reino dos céus” (Mt
5.20).
INTRODUÇÃO
I. O LIVRO DE
AMÓS
II. POLÍTICA E
JUSTIÇA SOCIAL
III. INJUSTIÇAS
SOCIAIS
IV. A VERDADEIRA
ADORAÇÃO
CONCLUSÃO
EU E O PRÓXIMO
Geremias do
Couto
“Não podemos
estar bem com Deus enquanto estivermos cometendo injustiça contra o nosso
semelhante”
Martyn Lloyd-Jones
[...] A
dignidade do próximo
Observa-se, para começar, que o Mestre
manteve a mesma linha de pensamento [sobre o relacionamento digno com o
próximo], mesmo quando passou a tratar de questões específicas no Sermão do
Monte. Assim, por seis vezes, no capítulo cinco de Mateus, usou a expressão (ou
parte) “ouviste que foi dito aos antigos” para reportar-se à forma legalista
como os fariseus lidavam com os ditames da lei mosaica. Segundo a crítica
exegética, a frase, no original, não questionava a lei em si mesma, mas o modo
como os mestres religiosos de então a interpretavam.
[...] O fariseus emprestavam à lei
conotação estritamente jurídica, sem atentar necessariamente para a sua
essência, chegando ao ponto de lhe incorporarem outros preceitos que
desfiguravam os seus propósitos e a tornavam um jugo extremamente pesado. Este
era o caso em relação ao direito à vida. Enquanto os fariseus viam a questão
somente do ponto de vista legal em que o condenado pela morte de alguém
sofreria a pena prevista, tornando-se réu de juízo, Jesus tratou do problema na
origem, trazendo à tona as intenções do coração para reprovar qualquer
comportamento agressivo contra o próximo.
Percebe-se
que na visão farisaica não havia lugar para que o delito fosse tratado à luz de
suas verdadeiras causas. Bastava simplesmente a presunção da culpa para
determinar a sentença punitiva, sem ao menos discutir os motivos que levaram o
réu a tal ato. Sequer considerava-se o propósito maior da lei, que era prevenir
qualquer tipo de transgressão contra Deus mediante a certeza de o infrator
sofrer também o julgamento divino em razão da desobediência. Martin Lloyd-Jones
viu a questão desta maneira:
(...)
o que eles [os fariseus] faziam de errado é que reduziam e confinavam as
sanções às quais essa proibição estava associada a uma mera punição às mãos dos
magistrados civis. “Quem matar estará sujeito a julgamento”. Nesse caso,
“julgamento” indicava apenas o juízo baixado por algum tribunal local. E o
resultado de tudo isso é que eles meramente ensinavam: “você não deve cometer
homicídio, porque se o fizer, correrá o risco de ser castigado por um
magistrado civil” (Martin Lloyd-Jones, Estudos
no Sermão do Monte (Editora Fiel), p.207).
Essa concepção distorcida, como se vê,
retirava da lei o seu verdadeiro sentido e reduzia a importância do
relacionamento com o próximo a um simples ato jurídico que se preocupava apenas
em punir nos casos em que houvesse morte. Mas, segundo a ótica do Mestre, tirar
a vida de outrem é a consequencia desastrosa final de um processo que pode
ter-se iniciado bem lá atrás, com uma agressão verbal aparentemente de pouca
monta. Em outras palavras tem tudo a ver com a maneira como nos relacionamentos
com os nossos semelhantes e com a santidade do coração.
Por isso, o Senhor fez questão de deixar
claro que o espírito da legislação mosaica ia além da morte física, pois há
também o assassínio psicológico. É aquele em que, mesmo não havendo o trágico
desenlace do homicídio, a vida moral do próximo é destruída sem dó nem piedade
mediante toda a sorte de injúria, calúnia e difamação. É quando, na hora de
optar entre o interesse pessoal e o comunitário, nem se cogita da segunda
hipótese. Ao contrário, tudo é válido com o fim de assegurar os privilégios
pessoais, inclusive sonegar o direito do próximo, nem permitir-lhe o justo
acesso aos meios de sobrevivência. Desde que não seja eu, os outros podem até
morrer, mesmo vivendo.
Texto extraído da obra “A Transparência da Vida Cristã”,
editada pela CPAD.
Clique no link a seguir para baixar o questionário da lição nº 02:http://www.sendspace.com/file/ycmi54
Ps: Quem precisar do gabarito é só enviar um e-mail para filhocon@yahoo.com.br, que passaremos as respostas!
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