Subsídio preparado pela equipe de educação da CPAD.
TEXTO ÁUREO
“[...] Tem, porventura, o SENHOR tanto prazer em holocaustos e sacrifícios
como em que se obedeça à palavra do SENHOR? Eis que o obedecer é melhor do que o
sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de carneiros” (1 Sm 15.22b).
INTRODUÇÃO
I. O LIVRO DE MIQUEIAS
II. A OBEDIÊNCIA A DEUS
III. O RITUAL RELIGIOSO
IV. O GRANDE MANDAMENTO
CONCLUSÃO
FORMA E LIBERDADE
John R.W. Stott
As estruturas
seculares estão desmoronando em todos os lugares. Há uma rebelião mundial
contra formas institucionais rígidas e um sentimento universal à procura de
liberdade e flexibilidade. A igreja cristã, considerada em muitas partes do
mundo como uma das principais estruturas do tradicionalismo, não pode escapar a
este desafio de nossos tempos. Além disso, o desafio vem tanto de dentro como
de fora. Muitos jovens crentes estão requerendo um novo e não estruturado tipo
de cristianismo, despojado dos obstáculos eclesiásticos que têm sido herdados
do passado.
Permiti-me
classificar as três expressões principais desta onda. Referem-se à igreja e seu
ministério, à direção de cultos públicos, e ao relacionamento com os outros
crentes. É perigoso generalizar. Todavia, alguém pode dizer, em primeiro lugar,
que muitos estão procurando igrejas que não tenham cerimônia fixa. Grupos de
crentes estão, agora, reunindo-se em muitas partes do mundo, libertando-se da
tradição e fazendo as coisas à sua maneira. Em segundo lugar, há um desejo por
cultos informais, nos quais o ministro não mais domina, mas onde a participação
da congregação é incentivada, onde o órgão é substituído pelo violão e uma
liturgia antiga, pela linguagem de hoje, onde há mais liberdade e menos
formalidade, mais espontaneidade e menos rigidez. Em terceiro lugar, há uma
rejeição de denominacionalismo e uma nova ênfase em independência. A
geração jovem está bastante contente em cortar laços que os prendem ao passado
e mesmo a outras igrejas do presente. Eles querem chamar-se “crentes”, mas sem
qualquer rótulo denominacional.
Sem dúvida,
estas três exigências têm alguma lógica. Elas são fortemente sentidas e
poderosamente manifestadas. Não podemos simplesmente considerá-las como
irresponsabilidades loucas do jovem. Há uma ampla busca para o livre, o
flexível, o espontâneo, o não-estruturado. A geração dos crentes mais velhos e
tradicionais precisa entender isso, ser solidária e acompanhar, na medida do
possível, o que está acontecendo. Todos nós concordamos em que o Espírito Santo
pode ser (e às vezes tem sido) aprisionado em nossas estruturas e sufocado por
nossas formalidades. Contudo, há algo a ser dito em relação ao outro extremo.
Liberdade não é sinônimo de anarquia. Que argumento pode ser apresentado,
então, em favor de alguns tipos de cerimônias e estruturas?
Primeiro: uma
igreja estruturada. Os crentes pertencem a diferentes origens denominacionais e
apreciam tradições diferentes. Contudo, a maioria (talvez todos nós) concorda
em que o Fundador da Igreja tencionou que ela tivesse uma estrutura visível.
[...] Ele mesmo insistiu no batismo como a cerimônia de iniciação na sua
Igreja, e batismo é um ato visível e público. Ele também instituiu sua ceia
como a refeição da comunhão cristã, pela qual a Igreja identifica a si mesma e
exercita disciplina sobre os membros.
Segundo:
adoração formal. Em particular, sou completamente a favor da adoração
espontânea, exuberante, alegre e barulhenta do jovem, ainda que, algumas vezes,
possa ser doloroso, como experimentei uma vez, em Beirute, quando o meu ouvido
direito estava a apenas algumas polegadas do trombone. Alguns de nossos cultos
são por demais formais, sérios e maçantes. Ao mesmo tempo, em algumas reuniões
modernas, a quase total noção de reverência perturba-me. Parece que alguns
acham que a principal evidência da presença do Espírito Santo é o barulho [...].
Terceiro: um
princípio de conexão. A maioria de nós desejaria insistir em, pelo menos, um
certo grau de independência para a igreja local que, em conformidade com o Novo
Testamento, é uma manifestação local e visível da Igreja universal. [...] A
unidade da Igreja é derivada da unidade de Deus. E porque há um só Pai, há uma
só família; e um só Senhor, há uma só fé, uma só esperança e um só batismo; e
porque há um só Espírito, há somente um corpo: Ef 4.4-6. Portanto, toda questão
do relacionamento com outros crentes é controversa e complicada, e certamente
as Escrituras não nos dão autoridade para procurar ou assegurar unidade sem
verdade. Mas não nos dá, tampouco, autoridade para buscar a verdade sem
unidade. Independência é conveniente. Mas também o é a comunhão na fé comum que
professamos.
Mais uma vez
meu argumento é que não polarizemos nesta questão. Há um lugar necessário na
Igreja de Cristo, tanto para o estruturado como para o não-estruturado, tanto
para o formal como para o informal, tanto para o sério como para o informal,
tanto para o sério como para o espontâneo, tanto para a independência como para
a comunhão.
[...] Os mais
antigos membros tradicionais da igreja, que amam a liturgia, precisam
experimentar a liberdade do culto no lar, ao passo que os mais novos, que amam
o barulho e a espontaneidade, precisam experimentar a seriedade e reverência
dos cultos formais da igreja. A combinação é muito saudável!
Texto extraído da obra “Cristianismo Equilibrado”, editada pela
CPAD.
Clique no link a seguir para baixar o questionário da lição nº 07:http://www.sendspace.com/file/5oh1kg
Ps: Quem precisar do gabarito é só enviar um e-mail para filhocon@yahoo.com.br, que passaremos as respostas!
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