Subsídio preparado pela equipe de educação da CPAD.
TEXTO ÁUREO
“E Deus viu as obras deles, como se converteram do seu mau caminho; e
Deus se arrependeu do mal que tinha dito lhes faria e não o fez” (Jn 3.10).
INTRODUÇÃO
I. O LIVRO DE JONAS
II. O GRANDE PEIXE
III. A MISERICÓRDIA DIVINA
IV. A JUSTIÇA HUMANA
CONCLUSÃO
JONAS
Robert B. Chrisholm, JR.
A GRAÇA SOBERANA DE DEUS
Ao longo do
livro de Jonas Deus aparece como o Rei soberano e onipotente do universo.
Provocou uma tempestade violenta (Jn 1.4) e depois fez com que parasse (v.15).
Determinou o resultado da sorte que os marinheiros lançaram (v.7), mandou que
uma grande criatura marinha lhe fizesse a vontade (Jn 1.17; 2.10), induziu uma planta
a crescer (Jn 4.6), fez uma lagarta matar a planta (Jn 4.7) e chamou o vento
quente do deserto (Jn 4.8). Até a maior cidade da terra estava sujeita ao seu
decreto soberano (Jn 1.2; 3.1-10; 4.11).
Deus mostrou
poder soberano visando uma meta em particular ― a recuperação de homens
pecadores. Embora os ninivitas merecessem ser castigados por atos pecaminosos,
Deus na sua graça decidiu dar-lhes a oportunidade de arrepender-se. Com isso,
Ele demonstrou a verdade da confissão de Jonas, registrada em Jonas 4.2: “[Tu]
és Deus piedoso e misericordioso, longânimo e grande em benignidade e que te
arrependes do mal”.
A RESPOSTA DE JONAS A DEUS
A confissão
registrada em Jonas 4.2 não se originou com a [do] profeta. Palavras quase
indênticas constam em Êxodo 36.6,7 onde a referência é a misericórdia de Deus
por Israel imediatamente após a queda vergonhosa do bezerro de ouro. Uma forma
abreviada do credo ocorre em Números 14.18, onde Moisés pediu que o Senhor
perdoasse o povo depois de terem recusado confiar no Senhor para vencer os
cananeus. O uso de Jonas desta confissão tradicional deve tê-lo lembrado que
Deus desde o começo da história demonstrara misericórdia a Israel.
Apesar da
desobediência e presunção, o próprio Jonas experimentara a libertação
misericordiosa de Deus e recebera uma segunda chance. Quando comissionado por
Deus para ir a Nínive, Jonas fugiu na direção oposta. Quando lançado ao mar
furioso e engolido por um peixe, Ele teve a audácia de presumir que estava
livre. Em lugar de oferecer um clamor penitencial e humilde por libertação, ele
agradeceu ao Senhor por tê-lo libertado (Jn 2.1-9). Mas Deus preservou e
comissionou novamente o profeta (Jn 2.10 ― 3.2). O livro termina com um Deus
gracioso ainda tentando persuadir Jonas a pensar corretamente na sua
misericórdia (Jn 4.9-11).
Embora Jonas,
como Israel, fosse recebedor da misericórdia de Deus, o profeta negou a mesma
misericórdia para o mundo gentio. Ironicamente, estes pagãos a quem Jonas
detestava por serem idolatras (Jn 2.8), mostraram mais sensibilidade espiritual
do que o profeta. Jonas reivindicou temer “ao Senhor, o Deus do céu, que fez o
mar e a terra seca” (Jn 1.9). Mas suas ações contradisseram o seu credo.
Enquanto Jonas tentou fugir do Criador do mar através do mar, os pagãos
expressaram que temiam genuinamente ao Senhor por meio de sacrifícios e orações
(Jn 1.16). Em contraste com Jonas que desobedeceu à palavra revelada de Deus e
prevaleceu-se da misericórdia divina, os ninivitas responderam imediata e
positivamente à palavra de Deus e humildemente se lançaram aos pés do Deus
soberano (Jn 3.4-9). Embora Deus enviasse Jonas para denunciar a “malícia” (ra’ah) de Nínive (Jn 1.2), o profeta
desobediente trouxe “mal” (ra’ah
novamente) aos marinheiros (Jn 1.7) e acabou ficando “todo ressentido” (ra’ah de novo) pelo tratamento
misericordioso dado por Deus aos ninivitas (Jn 4.1). Esta repetição da palavra
hebraica (ainda que em sentidos semânticos diferentes) indica que Jonas, de
certo modo, se tornara mais semelhante [a]os pagãos de que ele percebera. Por
meio de contraste, os ninivitas tinham se afastado “do seu mal [ra’ah] caminho” (Jn 3.10).
O livro de
Jonas é uma lembrança vívida para que o povo de Deus não resista ou questione
as decisões soberanas de Deus dar a sua graça a quem Ele quer. Quando Deus
chama os seus servos para lhe cumprir as determinações e ser instrumentos da
graça aos pecadores, eles têm de obedecer, cientes de que eles também têm
experimentado a misericórdia divina de forma conjunta e individual.
Texto extraído da obra “Teologia do Antigo Testamento”, editada
pela CPAD.
Clique no link a seguir para baixar o questionário da lição nº 06:http://www.sendspace.com/file/bsi5md
Ps: Quem precisar do gabarito é só enviar um e-mail para filhocon@yahoo.com.br, que passaremos as respostas!
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