Subsídio preparado pela equipe de educação da CPAD.
TEXTO ÁUREO
“Porque surgirão falsos cristos e falsos
profetas e farão tão grandes sinais e prodígios, que, se possível fora, enganariam
até os escolhidos.” (Mt 24.21).
INTRODUÇÃO
I. O LIVRO DE SOFONIAS
II. O JUÍZO VINDOURO
III. OBJETIVO DO LIVRO
IV. “O DIA DO SENHOR”
CONCLUSÃO
O
JULGAMENTO DAS OVELHAS E DOS BODES
John
Macarthur Jr.
Tudo no Sermão do
Monte caminha em direção a um juízo final, e os temas desse juízo, envolvendo a
separação dos crentes dos não-crentes, estão presentes em todo o sermão. Vimos
anteriormente que todas as três parábolas desse sermão contêm símbolos gráficos
do juízo que está próximo. E o grande tema dominante de todo o sermão ― o
repentino aparecimento de Jesus Cristo ― é continuamente retratado como sendo o
supremo acontecimento que irá precipitar e sinalizar a chegada de um juízo
maciço e catastrófico. Agora Cristo nos dá uma poderosa descrição desse juízo:
E, quando o Filho do
Homem vier em sua glória, e todos os santos anjos, com ele, então, se assentará
no trono da sua glória; e todas as nações serão reunidas diante dele, e
apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas. E porá as
ovelhas à sua direita, mas os bodes à esquerda.
– Mateus 25.31-33
Não há ninguém na
Escritura que possa dizer mais sobre isso do que o Senhor Jesus. Ele advertiu
repetidamente a respeito do iminente julgamento dos que não se arrependem (Lc
13.3,5). Ele falou muito mais sobre o inferno do que sobre o céu, usando sempre
os termos mais nítidos e perturbadores. A maior parte do que sabemos sobre o
destino eterno dos pecadores veio dos lábios do Salvador. E nenhuma das
descrições bíblicas do juízo é mais severa ou mais intensa do que aquelas
feitas por Jesus.
No entanto, Ele
sempre falou sobre essas coisas usando os tons mais ternos e compassivos. Ele
sempre insiste para que os pecadores abandonem os seus pecados, reconcialiem-se
com Deus, e se refugiem nEle para que não entrem em julgamento. Melhor
do que qualquer outro, Cristo conhecia o elevado preço do pecado e a severidade
da cólera divina contra o pecador, pois iria suportar toda a força dessa cólera
em benefício daqueles que redimiu. Portanto, ao falar sobre essas coisas, Ele
sempre usou a maior empatia e a menor hostilidade. E até chorou quando olhou
para Jerusalém sabendo que a cidade, e toda a nação de Israel, iria rejeitá-lo
como seu Messias e, em breve, sofreria uma destruição total.
E, quando ia
chegando, vendo a cidade, chorou sobre ela, dizendo: Ah! Se tu conhecesses
também, ao menos neste teu dia, o que à tua paz pertence! Mas, agora, isso está
encoberto aos teus olhos. Porque dias virão sobre ti, em que os teus inimigos
te cercarão de trincheiras, e sitiarão, e te estreitarão de todas as bandas, te
derribarão, a ti e a teus filhos que dentro de ti estiverem, e não deixarão em
ti pedra sobre pedra, pois que não conheceste o tempo da tua visitação.
– Lucas 19.41-44
Em um importante
sentido, todo o Sermão do Monte representa uma simples expansão desse apelo
compassivo. Começando no mesmo ponto de partida ―um lamento sobre a iminente
destruição de Jerusalém― Cristo simplesmente amplia a sua perspectiva e
transmite aos discípulos um extenso apelo que inclui desde o futuro
escatológico até o momento do seu retorno e do juízo que o acompanhará.
Portanto, esse mesmo espírito que inspirou o pranto de Cristo sobre a cidade de
Jerusalém, permeia e dá um colorido a todo o Sermão do Monte. E Mateus, que
estava presente e ouviu em primeira mão, registrou tudo isso no seu Evangelho,
que é como um farol para todos os pecadores, em todos os tempos. Trata-se do
último e terno apelo do Senhor para o arrependimento, antes que seja tarde
demais.
Examinando esse
sermão também vemos que todos os vários apelos de Jesus para sermos fiéis e
todas as suas advertências para estarmos preparados ficam reduzidos a isso:
eles representam um compassivo convite para nos arrependermos e crermos. Ele
está nos prevenindo de que devemos nos preparar para a sua vinda porque, quando
retornar, Ele trará o Juízo Final. E, ao concluir o seu sermão, Ele descreve
detalhadamente esse juízo.
Essa parte
remanescente do Sermão do Monte transmite uma das mais severas e solenes
advertências sobre o juízo em toda a Escritura. Cristo, o Grande Pastor, será o
Juiz, e irá separar suas ovelhas dos bodes. Estas palavras de Cristo não foram
registradas em nenhum dos outros Evangelhos. Mas Mateus, pretendendo retratar
Cristo como Rei, mostra-o aqui sentado no seu trono terreno. Na verdade, esse
juízo será o primeiro ato depois do seu glorioso retorno à Terra, sugerindo que
esta será a sua primeira atividade como governante da Terra (cf. Sl 2.8-12). Esse
evento inaugura, portanto, o Reino Milenial, e é distinto do juízo do Grande
Trono Branco descrito em Apocalipse 20, que ocorre depois que a era milenial chega ao fim. Nesse caso, Cristo está
julgando aqueles que estarão vivos no seu retorno, e irá separar as ovelhas (os
verdadeiros crentes) dos bodes (os descrentes). Os bodes representam a mesma
classe de pessoas que são retratadas como servos mais, como virgens
imprudentes, e como o escravo infiel nas parábolas imediatamente precedentes.
Texto extraído da
obra “A
Segunda Vinda”, editada pela CPAD.
Ps: Quem precisar do gabarito é só enviar um e-mail para filhocon@yahoo.com.br, que passaremos as respostas!
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